sábado, 16 de dezembro de 2017

O FOCUS PORTAL CULTURAL INDICA O LIVRO "O FIO DE DÉDALO" DO ENSAÍSTA BRASILEIRO IVAN JUNQUEIRA.


 
 

 
 
 
O FIO DE DÉDALO Ivan Junqueira Um dos mais importantes escritores brasileiros em atividade propõe um jogo a seus leitores. Em O FIO DE DÉDALO, coletânea que reúne ensaios de críticas literárias, prefácios, conferências e textos inéditos de Ivan Junqueira, o autor de A sagração dos ossos (Prêmio Jabuti de 1995) e O grifo escolhe o percurso sinuoso, lúdico, para conduzir o leitor pelo território da criação literária - tal como Dédalo, o arquiteto do labirinto de Creta, prisioneiro de sua própria criação.
 
 
O FIO DE DÉDALO tem a poesia como tema central e a reflexão como eixo de seu movimento, e divide-se em três partes. A primeira, "De poesia e de poetas", situa-se em terras inglesas e brasileiras do século XIX. Nos comentários, observações sobre o movimento simbolista inglês e os valores e critérios da era vitoriana. Ao descrever a efervescência dos círculos literários londrinos, abertos à poesia de Baudelaire, Rimbaud, Verlaine e Remy de Gourmont, Ivan Junqueira dimensiona a revolução literária inglesa que gera Yeats, Eliot, Auden e Dylan Thomas, entre outros, chegando aos novos talentos da Grã-Bretanha.
 
 
No território brasileiro, o autor seleciona 23 poetas contemporâneos, a partir dos quais analisa as tendências das atuais vertentes poéticas no nosso país. Se, na primeira parte de O FIO DE DÉDALO, Junqueira se coloca na posição de solitário observador e crítico, no segundo segmento, "Do ensaísmo e da crítica", ele adota o contraponto para ampliar suas análises, citando opiniões e comentários dos expoentes da crítica literária no Brasil. O diálogo que se estabelece permite, sem limites de fronteira, uma visão ampla e plural de poetas, poesias e ensaístas.
 
 
Finalmente, em "Da arte tradutória", o autor justifica a importância da tradução - "Os intransigentes guardiães da sagrada intocabilidade dos textos em língua estrangeira que nos perdoem, mas traduzir é preciso" -, comprovando com exemplos que bastam perícia e competência para eliminar fronteiras idiomáticas e preservar, em português, a forma e a essência. O carioca Ivan Junqueira é poeta, ensaísta e tradutor, entre outros de T.S. Eliot, Marguerite Youcenar, Jorge Luis Borges, Marcel Proust e Charles Baudelaire. Na Fundação Biblioteca Nacional, participa como editor executivo da produção editorial de Poesia sempre.

 
 
 
 

  
Em O FIO DE DÉDALO, coletânea que reúne ensaios de críticas literárias, prefácios, conferências e textos inéditos de Ivan Junqueira, o autor de "A sagração dos ossos" (Prêmio Jabuti de 1995) e "O grifo" escolhe o percurso sinuoso, lúdico, para conduzir o leitor pelo território da criação literária - tal como Dédalo, o arquiteto do labirinto de Creta, prisioneiro de sua própria criação. O livro tem a poesia como tema central e a reflexão como eixo de seu movimento.
Atente-se para algumas passagens:
Página 54  
 
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...
Formas do Amor, constelarmente puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas...‎
Mais
Página 52 - TRIUNFO SUPREMO
 
Quem anda pelas lágrimas perdido,
Sonâmbulo dos trágicos flagelos,
É quem deixou para sempre esquecido
O mundo e os fúteis ouropéis mais belos!
É quem ficou do mundo redimido,
Expurgado dos vícios mais singelos
E disse a tudo o adeus indefinido
E desprendeu-se dos carnais anelos!
É quem entrou por todas as batalhas
As mãos e os pés e o flanco ensanguentado,
Amortalhado em todas as mortalhas.
Quem florestas e mares foi rasgando
E entre raios, pedradas e metralhas,
Ficou gemendo mas ficou sonhando!
 
Página 189 - ... "gerar um dos maiores tesouros da nossa ficção. Dispunha também de uma natureza ensaística, era um homem que não se limitava a exercer o ato da criação literária — também meditava sobre ele, também se voltava para a Esfinge das Letras tentando decifrá-la. De início, é preciso que se saliente, com a maior ênfase e talvez alguma impertinência, que a pequena constelação de livros de ensaios e crônicas de José Lins do Rego é um aparelho literário indispensável à total compreensão... ‎
 
Página 75 -  Como escreveu "JOÃO CABRAL DE MELO NETO - Manolete, o mais asceta, não só cultivar sua flor mas demonstrar aos poetas:
 
Como domar a explosão
com mão serena e contida,
sem deixar que se derrame
a flor que traz escondida,
e como, então, trabalhá-la,
com mão certa, pouca e extrema:
sem perfumar sua flor,
sem poetizar seu poema.‎
 
 
 
 
 
 IVAN JUNQUEIRA
 
 
 
Ivan Junqueira nasceu no Rio de Janeiro em 1934, foi poeta, ensaísta e tradutor. Ocupou a Cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, para a qual se elegeu em 2000 e da qual foi presidente no biênio 2004/2005. Foi membro da Academia Brasileira de Filosofia e do PEN Clube do Brasil.
 
Estudou Medicina e Filosofia, iniciando-se no jornalismo em 1962. Foi diretor do Centro de Informações das Nações Unidas no Rio de Janeiro (1970/1977) e pertenceu aos quadros da Fundação Getúlio Vargas, da Fundação Nacional de Artes Cênicas e da Fundação Nacional de Arte.
 
Editor executivo das revistas Piracema e Poesia Sempre, foi ainda assessor de projetos especiais da Fundação Biblioteca Nacional. Foi também jornalista e crítico literário dos principais jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo, como Jornal do Brasil e O Globo. Sua obra inclui mais de 30 títulos, distribuídos nas áreas da poesia, do ensaísmo, da crítica literária e da tradução, os quais lhe valeram 15 prêmios literários, entre eles os da Câmara Brasileira do Livro (Jabuti), do Instituto Nacional do Livro, da Associação Paulista de Críticos de Arte, da Academia Brasileira de Letras, do PEN Clube do Brasil, da Fundação Biblioteca Nacional e da União Brasileira de Escritores.
 
Sua poesia está traduzida em oito idiomas. Em 2005 recebeu a Medalha de Richelieu, a mais alta condecoração da Académie Française. Dentre seus livros publicados está o infantil Flor Amarela e os póstumos Essa Música e Reflexos do Sol-Posto.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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