sábado, 16 de dezembro de 2017

ESCRITOR E PROFESSOR MARCO LUCCHESI TOMA POSSE COMO PRESIDENTE DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.

Escritor e professor Marco Lucchesi toma posse como presidente da ABL
 

Novo presidente é o mais jovem dos últimos 70 anos e chega com planos de usar a literatura para promover a paz e a liberdade.
 



 
 
A nova Diretoria da Academia Brasileira de Letras, eleita no dia 7 de dezembro passado, tomou posse, em solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon (Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro), na quinta-feira, dia 14 de dezembro, às 17 horas.

 
 
A solenidade seguiu o seguinte roteiro: Abertura da sessão pelo Presidente da ABL, Acadêmico Domício Proença Filho. A seguir, a mesa foi composta pelos integrantes da Diretoria atual: Presidente, Domício Proença Filho; Secretária-Geral, Nélida Piñon; Primeira-Secretária, Ana Maria Machado; Segundo-Secretário, Merval Pereira; e Tesoureiro, Marco Lucchesi.
 
 

A secretária- geral, Nélida Piñon, apresentou o relatório do ano de 2017 e apontou que a ABL encarna a continuidade de valores e de espírito público, sem abdicar de seus compromissos com a cultura brasileira, a literatura e a língua portuguesa. Nélida Piñon, que foi substituída na nova diretoria pelo acadêmico Alberto da Costa e Silva, desejou felicidades ao presidente Marco Lucchesi, “cujo talento brasileiro e universal saúdo com a veemência que a admiração, a amizade e a esperança, conjugadas, exigem". 
 
O Presidente, então, fez seu discurso de despedida. Logo após, deu posse à nova Diretoria e convidou Marco Lucchesi para discursar já como Presidente.
 


A nova diretoria da Academia Brasileira de Letras tomou posse, nesta quinta-feira (14), no Rio. O escritor e professor Marco Lucchesi assumiu a presidência.
 
 
A Academia, criada há 120 anos, busca a renovação. Em um templo da tradição, os imortais desejam se aproximar cada vez mais da população brasileira. É esta a missão dos novos diretores.

O novo presidente é o mais jovem dos últimos 70 anos na ABL e ele chega com planos de usar a literatura para promover a paz e a liberdade.
 
 
O poeta e tradutor Marco Lucchesi tem 54 anos. Escritor premiado, professor de literatura com pós-doutorado em filosofia, defensor dos direitos humanos, o novo presidente contou que quer ampliar o trabalho educacional que a Academia realiza nos presídios.
 
 
Isso me captou, me chamou a atenção quando um preso que eu não conhecia de São Paulo escreveu em uma epígrafe em carta, o seguinte: 'A literatura é irmã da liberdade'. Eu fiquei muito encantado, assustado com essa compreensão profunda do processo. Começamos a dialogar defendendo a cidadania. Estamos todos do mesmo lado”, disse o novo presidente Marco Lucchesi.
Domínio Proença, que deixou o comando da academia, desejou sucesso para o novo presidente.
 
 
O conselho maior da Academia é manter esse sentido de convivência. Academia é uma família. A Academia é uma irmandade. Ela é um lugar onde você cultiva a convergência na divergência. Isto é a marca maior dela e ela não pode perder isto”, afirmou.
 
 
 
 
“Não sei dizer onde começam e terminam os grafites urbanos, os poemas que redimem a crispação de nossas almas e de nossas casas, os desenhos rupestres da Serra da Capivara, a liberdade esboçada nas paredes dos presídios, a leitura do mundo das crianças do asfalto e da favela, das terras quilombolas e das nações indígenas, com suas quase 300 línguas praticadas ainda hoje”, afirmou.




Posse de Marco Lucchesi na ABL
FOTO: JORNAL NACIONAL/REDE GLOBO
 
 
 
 
PRESIDENTES DE ACADEMIAS DE NITERÓI ESTIVERAM PRESENTES NA POSSE DO NOVO PRESIDENTE DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, MARCO LECCHESI, EM 14 DE DEZEMBRO DE 2017.
Niterói - A posse de Marco Lucchesi contou com a presença de representantes das academias literárias de Niterói, cidade onde o novo presidente da Academia Brasileira de Letras reside há mais de 45 anos.
NA FOTO:
O presidente da Academia Fluminense de Letras (AFL), Waldenir de Bragança, a presidente da Academia Niteroiense de Letras (ANL), Marcia Pessanha, o atual presidente da Academia Brasileira de Letras, Marco Lucchesi, o ex-presidente da ABL, Domício Proença Filho.
 

 
Acadêmicos: Waldenir de Bragança, Márcia Pessanha,
Marco Lucchesi e Domício Proença Filho.
(Foto: Aldo Pessanha).
 
 
 
 
 
 
 
UM POUCO SOBRE
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
 
 
 
 
 
 
 
 
Petit Trianon, sede da ABL no Rio de Janeiro
 
 
 
 
A Academia Brasileira de Letras (ABL) é uma instituição cultural inaugurada em 20 de julho de 1897 e sediada no Rio de Janeiro, cujo objetivo é o cultivo da língua e da literatura nacionais.
 
 
Compõe-se a ABL de 40 membros efetivos e perpétuos, e 20 sócios correspondentes estrangeiros.
 
 
Ela foi fundada no dia 15 de dezembro de 1896. Apesar dos discursos formais falando sobre sua importância para a “unidade literária” do país, a razão do surgimento da Academia Brasileira de Letras (ABL) pode ser explicada de maneira bem mais simples e sincera: os escritores que viviam no Rio de Janeiro no final do século XIX queriam um ponto de encontro para jogar conversa fora. Naquela época, antes da ABL, alguns escritores costumavam se reunir em livrarias da cidade. Em 1892, o crítico Araripe Júnior e o escritor Raul Pompéia fundaram um clube chamado Rabelais. Mas o local não agradava muito a alguns intelectuais, principalmente os escritores Machado de Assis e Visconde de Taunay e o abolicionista Joaquim Nabuco. Em seu livro O Presidente Machado de Assis, Josué Montello revela que o descontentamento com o “barulhento Rabelais” incentivou o trio a fundar uma instituição inspirada na Academia Francesa de Letras, de 1635.
 
 
Sua versão brasileira nasceu com 30 membros, mas, em poucos meses, foram criadas outras dez cadeiras para seguir fielmente o modelo francês. Até o fardão usado pelos membros brasileiros imortais é igual ao deles – a grande diferença é que, enquanto a Academia Francesa aceita escritores de outros países que também falem sua língua, a nossa só aceita brasileiros, o que o primeiro artigo do seu estatuto deixa bem claro: “A Academia Brasileira de Letras, com sede no Rio de Janeiro, tem por fim a cultura da língua nacional.”
 
 
FUNDAÇÃO
 
 
 
No fim do século XIX, Afonso Celso Júnior, ainda no Império, e Medeiros e Albuquerque, já na República, manifestaram-se a favor da criação de uma academia literária nacional, nos moldes da Academia Francesa. O êxito social e cultural da Revista Brasileira, de José Veríssimo, daria coesão a um grupo de escritores e, assim, possibilidade à ideia.
 
 
Lúcio de Mendonça teve, então, a iniciativa de propor uma Academia de Letras, sob a égide do Estado, que, à última hora, se escusaria a tal aventura de letrados. Constituiu-se então, como instituição privada independente, a Academia Brasileira de Letras.
 
As primeiras notícias relativas à fundação da ABL foram divulgadas a 10 de novembro de 1896, pela Gazeta de Notícias, e, no dia imediato, pelo Jornal do Commercio. Teriam início as sessões preparatórias: na primeira, às três da tarde de 15 de dezembro, na sala de redação da Revista Brasileira, na Travessa do Ouvidor, nº 31, Machado de Assis foi desde logo aclamado presidente.
 
A 28 de janeiro do ano seguinte, teria lugar a sétima e última sessão preparatória, à qual compareceram, instituindo a Academia: Araripe Júnior, Artur Azevedo, Graça Aranha, Guimarães Passos, Inglês de Sousa, Joaquim Nabuco, José Veríssimo, Lúcio de Mendonça, Machado de Assis, Medeiros e Albuquerque, Olavo Bilac, Pedro Rabelo, Rodrigo Otávio, Silva Ramos, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay. Também Coelho Neto, Filinto de Almeida, José do Patrocínio, Luís Murat e Valentim Magalhães, também presentes às sessões anteriores, e ainda Afonso Celso Júnior, Alberto de Oliveira, Alcindo Guanabara, Carlos de Laet, Garcia Redondo, Pereira da Silva, Rui Barbosa, Sílvio Romero e Urbano Duarte, que aceitaram o convite e a honra.
 
 
Eram trinta membros. Havia mister completar os quarenta, como na Academia Francesa. Assim fizeram os presentes, elegendo os dez seguintes: Aluísio Azevedo, Barão de Loreto, Clóvis Beviláqua, Domício da Gama, Eduardo Prado, Luís Guimarães Júnior, Magalhães de Azeredo, Oliveira Lima, Raimundo Correia e Salvador de Mendonça. Os Estatutos foram assinados por Machado de Assis, presidente; Joaquim Nabuco, secretário-geral; Rodrigo Otávio, 1º secretário; Silva Ramos, 2º secretário; e Inglês de Sousa, tesoureiro.
 
 
A 20 de julho de 1897, numa sala do museu Pedagogium, à Rua do Passeio, realizou-se a sessão inaugural, com a presença de dezesseis acadêmicos. Fez uma alocução preliminar o presidente Machado de Assis. Rodrigo Otávio, 1º secretário, leu a memória histórica dos atos preparatórios, e o secretário-geral, Joaquim Nabuco, pronunciou o discurso inaugural.
 



Raro retrato de Machado de Assis sem barba,
aos 35 anos de idade.




 
 
Rui Barbosa, segundo presidente da Academia, lidera uma visita à casa do primeiro presidente, Machado de Assis, à rua Cosme Velho, 18 - hoje demolida - em 9 de outubro de 1910, dois anos após a morte daquele que era chamado de mestre até mesmo por seus colegas.





Edifício do Ginásio Nacional, hoje Colégio Pedro II, na rua Marechal Floriano, onde a Academia foi acolhida, em 1898.




 
Prédio do Silogeu, fronteiro ao Passeio Público, esquina com a atual avenida Beira-Mar, que a Academia ocupou entre os anos de 1905 e 1923, data da transferência para o Petit Trianon. Ali também funcionavam a Academia de Medicina, o Instituto dos Advogados do Brasil e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
 



 
Este é possivelmente, o mais antigo registro fotográfico, em 1909, de uma sessão pública da Academia Brasileira, realizada, ainda, no Silogeu.
 
 
Diretoria fundadora Cinco escritores foram os primeiros dirigentes da instituição
Cargo – Presidente
Escritor – Machado de Assis (1839-1908)
Cargo – Secretário-geral
Escritor – Joaquim Nabuco (1849-1910)
Cargo – Primeiro-secretário
Escritor – Rodrigo Octavio (1892-1969)
Cargo – Segundo-secretário
Escritor – Silva Ramos (1853-1930)
Cargo – Tesoureiro
Escritor – Inglês de Sousa (1853-1918)


 
 
Academia Brasileira de Letras 


Endereço: Av. Pres. Wilson, 203 - Centro,
Rio de Janeiro - RJ,

CEP - 20030-021


Telefone: (21) 3974-2500




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FONTE:

http://www.academia.org.br/

http://correiodopovo.com.br/ArteAgenda/Variedades/Literatura/2017/12/637226/Escritor-Marco-Lucchesi-toma-posse-como-novo-diretor-da-ABL


 

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